Vem Dançar Comigo

I
Para que serve a vida,
E os prazeres se não quer ver?
Sei que não posso criar coisas novas,
Mas posso transformá-las na medida do possível.
Contudo, quem dera ter tudo em mãos,
E ao mesmo tempo ser um mágico
Não imaginaria o que sairia da minha mente.
Caso, se fosse também um adivinho
Já não precisava mais contar com a sorte
Mesmo que conhecesse toda a psicologia
Não posso sentir prazer sem outro alguém.
Então lhe digo sem temer as consequências
A inspiração dessas palavras que ardem meus desejos

II
Ao te observar com poucos olhares,
Poucas palavras ainda não chegam perto
Mas perto de tua presença pude notar
Uma doce fragrância natural que nostalgia
Desequilibrei-me, saí fora de mim
Como pode também seu olhar me subjugar?
Sim, delicada como um bom cheiro de criança
O ar de uma graça angelical rechonchuda
Uma náiade de pele de amêndoas
Contemplaria a noite inteira o teu corpo.
As palavras de tua pequena boca e carnuda
É uma fada que canta, mas espero um convite
Para debruçar os deleites que a vida oferece

III
Todos, tem dentro de si uma criança
Há um tanque emocional que espera ser carregado
As munições quem decide é o coração
Inseri um pouco de minha anima em si
Sou agora verbo que espera ser conjugado.
Tenho as intenções mais sinceras e gentis
E no âmago da existência o desejo que te procura
Quero sentir o calor que arrebata em teus seios,
Um ardor que já derrubaram gigantes,
Entrelaçar a dança perdida dos amantes
Rumo sem direção em plena liberdade,
Ouvir as estrelas, e me sentirei ainda mais vivo.