Suave

"Tão suave como a brisa
Leve-me dessa solidão
Quanto ao fogo ateia o desejo
Bate o amor em meu peito
Pra não dizer quem roubou meu coração."

Sentia-me assim feliz...

Depois que atravessei o horizonte
Tanto tempo não encontrava o sol
As noites me cercaram no silêncio
E as nuvens não eram de algodão
Nem o céu livrou-me da solidão
Antes de tudo era um vazio
Ia encontrar alguém como um girassol?
Depois que capturei um diamante raro
Estaria sim preso neste momento
Ouro qualquer não troca por um sonho
Livre quando encontrei esta paz
Raras vezes sentia-me assim feliz
Lá onde está aquele sorriso
Onde precisei muito desta presença
Irei agradecer sempre pelo resto da vida.

Prisão

Eternamente impaciente, o tédio persistente
quem tira sangue de mim sou eu mesmo
incapaz de me mover, é o limite do espaço
quem diria que eu fosse mais um sádico

Nunca mais seria alcançado por um beijo
o que diria a ultima mãe que não tive
eu queimo a memória, e você me esquece
foi tudo desprogramado, estou sem relógio

Não me procure mais, não tenho o ser
estou perdendo uma vontade de existir
as unhas roçam e agridem meu rosto
são carinhos do desespero que aliviam

Este o berço do destino que machuca
sentado no canto mais escuro
antes de ver qualquer brecha de uma luz
tenho certeza que este não é mais aquele

O azul mais perto

Dia e noite, duas faces, luz e treva
Nada mudou de lugar, apenas transformaram-se
Nada mudará o que é ser e não ser
Disso é o bastante e suficiente para ter
É ter algo dentro de si, e nada mais.
Planos da vida, colheitas de tempos em tempos,
Laços unidos ajudam preencher o vazio,
Disso é o bastante, e suficiente para ter...

Ter... Ternura de mãe para um filho.
Ter... Ternura de pai para um filho.

Amor é dom, dor, dar e receber,
Adorar é acreditar nesse alguém.
O mais incrível poderá acontecer,
Trará o azul mais perto de si,
O mais incrível irá acontecer.

Juramento

Nunca acreditaria no tal amor,
Nem em um anjo belo e amigo.
Solitude, um preço maligno,
Que sol tenho!? És vida e calor,
Do qual tanto espero assim...
Amo, vejas; és única em minha natureza,
Única que digo com tanto clamor:
– Te amo.
Eterno seja nesta aliança
Ter nossa amizade de amor.

Não quero perdê-la

Tu andas levando beleza
Anjos abrem o céu só pra te ver
Sinto-me com tanta certeza
Nunca mais poderei te esquecer

Vou dizendo a lua o que sinto:
“Ela é tão bela quanto você”.
Sentido ciúme, a lua chorou.

Sinto-me fascinado só de ver
Quero pegar a sua mão e dizer
“Te amo e não quero perdê-la”.

Sua presença é um grande prazer
Já fazendo parte do meu mundo
Nunca mais outra irei conhecer
Não te largo, mesmo que por tudo.

Assim...

E em branco que numa noite termina
Minha menina, o som estabelece, ou se foi...
Bate num ritmo descontrolado, fato,
Lembro profundamente cada momento do dia.
Olhar em seus olhos, um preço de perdição.
Na virada, evapora, vai embora as horas
Sem entender, recolho pedacinhos de palavras que,
Foi-se, foi-se, foi-se da minha memória.

"Amor pra toda vida"

“Encontrei um amor pra toda vida.”
Assim se contemplou;
Pequenas palavras que já diferem o fato,
E em amar tanto.
Difícil entender esta gramática sentimental
Que há em cada palavra,
Que formam poesias e canções.
Transmitem pequenas emoções em ciclos.

Infelizmente o meu não foi assim,
Amor, acreditei que tudo daria certo
E não em erros, sucessórios imprevisíveis,
Estaria mergulhado num doce de prazer
Foi marcante, porém já passou
Sinto-me um pouco saudoso
Era um dos amores que teria
E nossas vidas foram simplesmente...
Chutadas pelo destino.

Tal Sombra

A sombra esconde em seus trajes
As suas origens das trevas
Aqueles olhos que não consomem verdades
Escorre uma dor, e não era por amor,
Mas a essência de sentir apenas.

Futuro, filhos, estes são o futuro,
Não consumam da mentira
Pois nela se encontra o vício.
Conhecido por ele mesmo,
Este quer você, mas feche os olhos,
E escute a música
E este olhar obterá esclarecer a verdade
Que o outro olhar aberto tende ser mentira.
Não, não culpe a vida, a vida é você,
Como a sombra vem lenta, e tal barulho,
Tu... Tu... Tu... E pronuncia:

“Tu és condenado meu, vem sentir a dor
Que a vingança, meu ópio, sou seu filho,
O filho o qual não criou, pois eu era seu,
Agora você é meu, em vulgo traje...”

Te adoro e nada mais

Desejo-te mais estrela
Lá no meu céu
Tanto sonhei buscar
Para irmos juntos...
Também brilharmos
Trazê-la como lua
E mantê-la acessa
Venha aqui esta luz.

Temos a mesma dor
Temos a mesma cura

Ainda que não a vejo
E o dia ainda será feliz
É só saber que estará lá
O horizonte não nega
– Te adoro e nada mais.

Em meu Céu

Este mundo de tão poucas estrelas
Preenchido com seus olhares
Completam este céu vazio.
Desejo não vê-la em lágrimas
Para não chover nos meus dias
Em que aguardo este sol.
Sei tão pouco de seu brilho
Pois é tão jovem e misteriosa luz
Honrado só de vê-la em meu céu.
Conheci esta magia de alguém
Tão amável quanto o próprio amor
Não sou poeta, nem cavalheiro,
Mas basta um sorriso teu
Para que este céu me deixe feliz.

Este Vermelho Sobre Sombras

Quem diria ser de uma flor
Não era primavera e nem era dia

Quem diria ser de um coração
Não corria ali sangue e nem batia

Quem diria ser de uma maçã
Não viria de uma árvore e nenhuma fantasia

Quem diria ser de um rubi
Não tinha preço e ninguém venderia

Quem diria ser de uma paixão
Não era romance e nem enlouquecia

Quem diria ser de um fogo
Não queimava e nem apagaria

Quem diria ser de uma arte
Não era uma pintura e nem poesia

Quem diria ser de um lar
Não estaria em casa e nem mudaria

Quem diria ser de uma luz
Não era do arco íris e nem brilharia

Quem diria ser de uma estrela
Não estaria no céu e nem morreria

Mas sim ser de uma linda mulher
Com esse vestido em uma noite de alegria
Este vermelho sobre sombras

Aristogato

Nos telhados de casas, caça ratos
Gato dissimulado, tão gatesco.
De olho no alvo, o aquário, nos recatos
Com poses de um barão, o total fresco.

Senhor gato e seu miado, é estranho
É arisco de cor preto, palaciano,
Não escapa do azar, talvez o apanho
Por estar se fazendo ser humano.

Quem tem curiosidade como tal
Cisma como nenhum outro animal
Não resiste, e não teme seu destino.

Diversão é seu lema, o felino
Faz de conta que vida se tem sete,
Finge aristocracia, mas é valete.

Espelho meu

Fábricas de árvores,
Tintas de terra,
Estou fora da realidade?
E o mundo... O mundo...
“Sonhamente.”

Raiar Azul

Ao raiar vi a imagem mais linda,
um novo dia, uma nova estrela
diante da sua torre a princesa...

Duas cartas entre a noite,
uma vida parece ser curta
para quem nasce nunca morre.

Alguns sabem ver além do horizonte,
outros sentem, eu estou aqui
por sua sede de atenção...

Antes de alguns renascerem,
outros fogem, outros ligam-se,
um canto define a vida.

Canon

Este som caloroso da vida
Todo tempo, toda hora, todo dia
Coração que é amor, não só lida,
Como quem torna puro uma via,
O silêncio da alma alegria
Tanta luz, tanto amor, tanta vida.

Solitude

Há um lugar onde possa encontrar
este outro que não eis a mentir,
se da paz que faz me deitar,
não encontro neste mundo infeliz.

Nessas noites com a lua indagar
belo anjo sem asas cair,
um rumor que queira afastar
qualquer algo que faça feliz.

Não seria este canto de amor
solitude que guarda em meu peito,
se não fosse causada por dor
seria um amigo mais que perfeito.

Só sonhos eu tinha,
este vazio ainda está aqui.
Se é uma vida inteira
Em busca de alguém
que sabe compreender?

Pra que sonhar se não posso dormir,
as noites me trazem tristeza até aqui.
Pra que sofrer se não posso amar,
a metralha ruge na guerra de enganar.
Pra que sorrir se não posso lhe ter,
o que vale a pena tentar outra vez?

Cruzada do Inferno

Depois da Cruzada do inferno aonde foi?
Declamando com sorriso declarando seu amor.
Depois da Cruzada do inferno aonde foi?
Desafiando mares tristes, enfrentando seu temor.

Leve-me vento pra aonde for...
Num mundo perdido, pra onde for preciso.

Depois da Cruzada do inferno aonde foi?
Lutar contra o diabo a não levar seu amor.
Depois da Cruzada do inferno aonde foi?
Buscar a sua glória e renovar seu temor.

Leve-me vento pra aonde for...
Num mundo perdido, pra onde for preciso.

Entre os sete mares e todos segredos,
entre a coragem e o medo,
navegar é preciso
e viver só depois.

Ao descobrir que estava perdido
dentro do meu coração,
era paixão que não deixava
de querer você aqui...

Me mate ou me aceite,
pois fui pego pela doença
que não tem cura.

Adeus

É apenas uma dor...
No qual ninguém curou-se logo
É o pôr-do-sol...
É a triste carta
É o nascer das lembranças
Um dia que se foi...
Uma noite sem estrela
Em que diremos...

Melancolia

Nas tormentas do mundo todo viram
Que existe nada igual a um coração
Um coração que seja partido, uma fração
Dividido entre dores que o fizeram.

Pedaços fragmentados de uma vida
Por estigmas que marcam todo corpo,
Corpo feito de vento, luz e fogo;
Aquela que se sente tão perdida.

Deixados por estranhos que prometem
Libertar esta vida que só chega,
Não vê a hora que ele parte e vai embora.

Esquecido de lado esta promessa,
Coração junto a alma não se entendem,
O coração explode e a alma se vende.

Manifestação

Se crê que logo algo existe
Persiste, e logo aparece,
A todo acaso persiste
De caso ao ocaso parece
Em que ainda nada não é todo
Um resultado ou um método.

Há aquele termo casual,
Inspirador pra um poeta
Aspirador pra um poento

Não diz o poente o momento,
Sim diz o poeta hora certa
Coisas de encanto e de alento
Inspiração cá desperta
Se crê que logo algo existe
A poesia logo persiste...

Leve-me

Leve-me vento
Para onde for

Leve-me...
Que abrireis minhas asas da liberdade
Pois sou leve, eu me sinto bem assim

Leve-me
Para aonde for
Ao meu amor
Ao meu terror
Seja como for
Mas leve-me aonde for

Leve-me vento
Para o paraíso perdido
Para o inferno escondido
Apenas para esquecer esse mundo
Leve-me vento...
Leve-me...

Têm Dias

Têm dias que são todos iguais;
Têm dias que são todos iguais;
Têm dias que são todos iguais;
Assim como os meus versos.

Doce Sonhador

Quem fez de mim um sonhador,
Nascer de suas palavras.
Encontrar na sua própria dor
Um ser que não vale nada.
Vim de suas lágrimas raras
Um pedaço de sua alma
Invocado por trovadores,
Destruidores de sua calma
Tenho a doçura pacífica,
Mas amargo quando precisa.
Da terra distante não vista,
Faz labirinto do nosso mundo.
Em tudo não há nada...
Em todos não há tudo...
Não é preciso sonhar para encontrar,
Basta acreditar que estou ao seu lado.

Súplica

Sonho contigo sereno júbilo,
É que aos dias sou mágoa
Nas mãos um doce pueril
De quem tanto sente falta.

Sou verbo nos seus lábios
Quimera à madrepérola
Formal afã rogo em plenilúnio,
Lúcido ao canto dum anjo
Ao meu vil em ser poeta

Toca-me como fosse harpa
Cria-se o primeiro homem
Apanhado num laço valquírico
Entoando mítica rapsódica

Seria este coração pérfido?
Ou um símile perfectível
Adejo sem guarnecer minha gupiara
Flechado num sonho dogmático
Ferido no paraíso doentio
Caído nos teus braços de amante

Neste clichê de viver celso
Talvez seja esse meu objetivo
Acredito nessas asas volúveis
Em uma forma refulgente

Não sou selenita meu astro
Atravesso por um cometa errante
Hospedo no sol para senti-la
Desta queima fulminante rutilar
Libertando-me da escuridão sádica

Seus passos que me guiam
Dança luzente de esperança
Mas que prendeu-nos inocentemente
Nesse sentimento de culpa

Fisgou-me apenas com um olhar
Amavios duma beldade desigual
Sentiu que o bater dum coração simples
É a mais profunda prova de amor
De qualquer mudo, cego e surdo infeliz
Onde mora esperança rara

Sendo escravo do destino
Cujo menino aprende amar
Peço apenas tua graça
Desejo-te o bem maior serafim

Não me vejo com este outrem
Ao dizer voe e encontre alguém
Se me deste asas, por que tira-las?
Recebi o dom divino, por que perdê-lo?
Aguardo, sendo assim, uma chance de viver. Ah súplica...

3

Era uma vida,
Poderia colocar em risco,
Ou até mesmo perdê-la.

Eram duas vidas,
No momento que era visto,
Esconde ao mantê-la.

Mas a terceira,
Era do nome perigo,
Um amigo, e não tê-la.

O Tempo Levou

É como poeta jogado ao inferno,
sem ter amor estará perdido.
São como rosas camufladas de dores,
as cores fingem ser um paraíso.

É como uma faca cravada no peito
ao despedir do seu amigo.
São como ter dores intensas
ao estar de coração partido.

O teu silêncio me causa dor
ao que sinto não tem valor,
numa carta que escreveu,
tempo levou as palavras daqui
e não posso mais responder
o teu amor...

Razão...

Quem derrubou a minha estrela?
Qual o brilho era bela, nunca feia
Fechou a minha ferida em meu caminho
Aurora em chama, mas nunca em certeza
Mas com que asas pode voar?
Se voar com quem ela abriu?
Se como flor é o amor
Que floresce, e some o vazio

Como quem chora, quem nunca riu
Como quem implora, quem sou eu?
Que no tempo o lapso nunca erra
Se errar a flecha, ela volta até aqui

Clamo com tudo o que venha ser
Se é tal amor, que no amor eu venha
Se é meu bem, que o bem seja
Que é a graça, que é beleza
Que é rara, que és princesa
E no teu seio divino, a cura
Da minha sede eterna de viver

Ainda Espera...

Falta-me palavras, do mesmo jeito continuo
Estou num espelho quebrado, um coração...
Se este pedaço que faz parte do meu sonho
Deixei em cair nas mão de quem esperei.
Esperei... Mais uma vez, arte de esperar
Como em lágrimas viestes, e com sorriso...
Não voltou mais, deixou-me no relento.
Talvez voltou para aquele que te fez...
E que me fez indagar, a dor, e ainda aqui
Se não te lembras como qual dor estivera
Que em lágrimas a trouxe, lembra...
Diz-me que lembra o que me pediu,
Repita a cada dia, veja se é capaz?
Não me diga o que é compreensível
Se o teu empreendimento é não cumprir,
A esperança não é tão velha por esperar
Mas a dor que me trouxe saiu dos teus ombros
E me deixou como Atlas agoniado
Tenho agora tua dor, és agora a minha dor
Podia ter tudo que era teu, mas...
Um somente me libertaria desse peso
Esperança não me faltou nenhum pouco
O que me faltou, o teu amor...

Oitavo Dia

Flores anunciam luzes da nova estação
Cores vibrantes rosa da doce emoção
Arrefece alva neve que fora cedida
Faz a dor ser palavra tola já esquecida

Agitam entre folhas que sabem dançar
Mesmo os ventos agora não devem parar
Entrelaçado tempo que meça a mudança
Não teme, pois a hora é que nem uma criança

Além de uma princesa que adora cereja
De encantos a beleza espera que alguém veja
Segura em cada ramo um novo destino
Ainda deve encontrar um galante menino

Ao passo do sorriso que nasce amanhã
Um raio que atravessa alma e morde a maçã
Nasce do novo amor que era antes proibido
Ciclo da primavera um segredo acolhido

Síntese

Ao conhecer alguém quantas dores serão reservadas?
Nem tudo pode ter um suporte, quem somos então?
A ser casca de alguma coisa, e coisas são misturadas...

Se estivesse o silêncio dentro de sua alma, ou não
Qual medo deixaria descoberto por tal de um segredo
Quanto o somos? Perdemos o pouco... Um dia voltarão?

Quem conhece melhor o amanhã, chegará talvez cedo?
Um nome corresponde tudo que define existência?
Não desespere, não grite, não chore, não tenha medo...

Até parece fácil dizer pelo som a sua essência
Esses olhos revelam dossiê da mentira e maldade,
Esses lábios seduzem qualquer anjo a ter negligência.

“Não, não, não...” É a palavra mais ouvida, assim se faz grade,
Quando vem o desespero, destroça qualquer um na frente,
Seus sonhos estarão desligados, é a dor e a verdade.

O ritmo toca a alma e vibra, ampliando tudo na mente,
E corre em direção ao infinito nas mãos desatadas
Quando sentir o fim, este seja o começo realmente.