Bosques

Que mãos tortas têm sua figura,
Com as quais guardas os segredos.
Segura uma arma sem candura,
E se esconde nos arvoredos.

As lendas estão entre nós,
Não destrua a força elemental
Por onde vive aquele a sós,
Já basta a dor de ser mortal.

Juro que posso ir mais além,
E entre a velha fé e a nova
A desordem dos que vão e vêm,
E dos ossos de cada cova.

Em outros tempos que retornam
Os contos que estão inacabados,
Poucos ainda que se transformam
Estão vivos por estes fados.