Ternuras Noctígenas

Sou o corpo nu diante da lua,
Pela queda do meu saber,
Sonho no qual adentro a morte,
Um dia no qual quero esquecer.

Como que tem vergonha ser
Um modo natural da vida,
Não reconhece o que domina
A palavra que foi perdida.

Deixa-me ser beijado amor,
Em noite quente do verão
E me faça sorrir de novo,
O ar que adentra ao coração.

Que me importa destas verdades
Se não podem serem vividas,
E tolo é este fingimento
Que ainda nos deixam mais feridas.