Artefato

Na caverna onde entrei havia um dragão
que dormia entre as mais antigas pedras,
um submundo onde era o guardião
o silêncio reinava entre os pingos...

Havia uma coroa jogada ao chão,
ossadas ao redor de qualquer tesouro
dormia o gigante da pele de aço,
um risco, um suspiro, uma maldição.

Qual cobiça da besta que esconde,
que desenha em seus olhos o reflexo,
um brilho que qualquer um se perderia,
uma aura, uma aurora, áureo diamante...

Jaziam caçadores que sucumbiram por glória,
momento aterrorizador, desejo atentador
o caminho parece ser estreito mas breve
instante decide o destino, ora hesitante.

Quem nunca teve a chance, era essa
mas qual sorte que pagaria com a vida
talvez há aqueles que não renderiam por nada
e há aqueles que não venceriam nenhuma fera.